segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Brilho das estrelas.

Verdana, uma esquecida cidade do interior, que guardava muitos segredos, e um deles se chamava Comelly, diferente das outras meninas de sua idade, Comelly não gostava de bonecas, maquiagem e unhas pintadas, Comelly não se importava com essas coisas, para ela, o mais importante era sonhar, todas as noites Comelly fixava seu olhar na mais brilhante das estrelas e fazia sempre o mesmo pedido, as estrelas sorriam para ela, como se aceitassem realizar seu desejo, sua família era pobre e todo final de semana ela ajudava seus pais na plantação que tinham em seu quintal, Comelly gostava das rosas, dizia que elas eram o portal do amor, que eram a forma mais doce e mais gentil de se jurar amor eterno, seus pais diziam que ela era uma sonhadora, e tinham medo de que sua filha se machucasse em meio á tantos sonhos, mas ela não se importava, pois ela sabia que as estrelas jamais a desapontariam. Era 6 da manhã, Comelly se levantou e olhou pela janela, não conseguia ver nada além de seu vidro embaçado, lá dentro seus sonhos, lá fora apenas mais um dia de neblina, ela se arruma e vai para a escola, e no caminho encontra uma rosa jogada no chão, ela a coloca em sua mochila e segue seu caminho, a neblina ia ficando cada vez mais intensa e Comelly não conseguia enxergar nada a sua volta, foi quando ouviu uma voz que dizia: “dê-me um pouco de amor” Comelly assustada calou-se e se escondeu atrás de uma gigante estátua que encontrara no caminho, e mais uma vez ela ouve aquela estranha voz, e eis que surge na sua frente um menino, Comelly se assustou, pois ele era feio e tinha um sorriso assustador, ele estendeu a mão e a puxou dali, naquele momento aquela neblina desapareceu, e o menino a entregou uma rosa, e Comelly disse: “não, obrigada, já tenho uma rosa em minha mochila”
E o menino empurrando a rosa disse: “e com quem irás compartilhar?”
Comelly disse que guardaria para ela até que encontrasse alguém, então o menino partiu, já passara das 10 da manhã, Comelly não sabia que aqueles poucos segundos teriam durado tanto tempo, e então voltou para casa, tirou a rosa de sua mochila e a colocou dento de um copo com água, Comelly passou o dia todo em seu quarto contemplando a tal rosa, que a encantava cada vez mais com o seu cheiro tão suave, e então a noite chegou, não havia ninguém em casa e Comelly começou a ficar preocupada, foi para a janela e fez mais um pedido, o mesmo pedido de sempre, e a estrela não brilhou, Comelly não entendeu nada, porque a estrela teria negado seu pedido? Comelly foi se deitar, com a esperança de que no dia seguinte seus pais tivessem voltado e aquele terrível nó em sua garganta parasse de doer. Ainda de madrugada Comelly acordou com um choro, havia caído uma pétala da rosa, mas rosas não choram, pensou Comelly balançando a cabeça, e voltou a dormir.
“veja como o dia está lindo” disse a mãe de Comelly que a acordou com um enorme susto, Comelly ficou feliz ao ver seus pais e preferiu pensar que aquele dia fora apenas um sonho, Comelly gostava de margaridas, costumada conversar com elas, então desceu e foi regá-las, como sempre fazia quando não tinha de ir á escola, Comelly foi até suas flores e lá encontrou uma menina muito bonita, com cachos loiros e sedosos que lhe apresentava um lindo sorriso, a menina olhou para o céu e disse: “porque fizestes aquela estrela chorar?”
Comelly assustada, gaguejando lhe respondeu : “ma ma mas, eu não fiz nada”
A doce menina pegou uma das margaridas e a amassou dizendo:
“foi assim que ela se sentiu ao ver que negastes o que ela preparou para ti com tanto carinho”
Comelly não entendeu nada, mas sentiu um terrível aperto no coração, e começou a chorar e então a menina se foi, Comelly voltou para casa e se trancou em seu quarto e notou que a rosa estava secando, e ela não podia fazer nada para ajudá-la, então Comelly adormeceu e acordou com o grito de seu pai, ela desceu as escadas correndo e viu sua mãe no chão e seu pai chorando, seu pai a abraçou e fechou seus olhos enquanto homens de branco levavam sua mãe para o hospital, seu pai se vestiu e saiu de casa, deixando a menina sozinha novamente, ela estava apavorada, não gostava dos sons que os galhos secos faziam ao bater na janela, então ela se cobriu da cabeça aos pés, ali mesmo no sofá e adormeceu, quando acordou viu seu pai sentado do seu lado, segurando um cordão, ele a entregou e disse:
“sua mãe pediu para lhe entregar isto”
Comelly viu que seu pai estava triste, e pegando o cordão de sua mão o perguntou:
“a mamãe está bem?”
e seu pai a abraçando lhe respondeu:
“sinto muito filha”
Comelly sentiu como se seu chão tivesse sumido, então um filme passou pela sua cabeça, ela não podia acreditar que aquilo tivesse acontecido, então Comelly foi para o seu quarto e fez um pedido á estrela, só que desta vez era um outro pedido, e então a estrela brilhou novamente, no dia seguinte Comelly acordou com alguém batendo na porta, quando abriu viu que era aquele menino estranho que havia conhecido alguns dias atrás, ele segurava uma rosa e a entregou, mais uma vez Comelly a negou, disse que já tinha a sua rosa, que não queria nada que viesse dele, e então o menino se foi, as coisas pioravam cada vez mais na casa de Comelly, seu pai não tinha mais ânimo para nada, toda a plantação havia secado e por isso eles não tinham sustento, Comelly não sabia o que fazer, então correu mais uma vez para a janela para fazer um novo pedido para a estrela, desta vez a estrela que mais brilhava não estava mais lá, e Comelly mais uma vez ouviu um choro, olhou para a rosa e viu que não havia mais nada ali, então ela correu até as margaridas e lá encontrou o tal menino, ele ainda segurava a rosa e Comelly apavorada disse: “o que queres de mim? Porque queres tanto me dar esta rosa?”
o menino sorriu e disse: “eu sei o que foi que pedistes á estrela, pediste um grande amor, que a fizesse feliz, que fosse eterno, e eu tentei lhe entregar o meu amor, lhe entregar o meu coração na forma desta rosa, mas não assestastes, pois destes valor ao meu exterior, não quisestes dividir teu amor comigo, preferiu deixar que ele morresse. E a segunda coisa que pedistes, pedistes que tua mãe voltasse, bem, eu bati em sua porta para entregá-la, mas você a recusou, pois preferiu ver com os olhos do homem e não com os olhos do coração”
Comelly começou a chorar e pegou a rosa do tal menino, e todas as margaridas começaram a morrer, e ela teve que suportar a dor de ver sua rosa se despedaçar, pétala por pétala, e ali ela viu que era tarde demais, que aquela estrela que a iluminava todas as noites nunca mais voltaria á brilhar.

By: Isabella

domingo, 21 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

você me fez sorrir e depois me fez chorar, confesso que tudo isso está meio confuso, você me diz que vai ficar tudo bem, mas nada está bem quando o coração está partido

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

eu acho desumano

não sentir nada ao colocar na sua boca a dor de muitas vidas que foram tiradas para sustentar seu vício doentio.

continue assim,

calma, fria e sem sonhos muito abaixo de mim, eu me odeio, eu odeio amar você, eu quero fazer essa dor passar, todos estão de luto por mim, eu não estou de luto por você, nada pode acabar com um amor verdadeiro, você apenas saiu do caminho, todo o caminho que vinha até mim, você apenas pegou a direção contrária, eu quero não me importar, ser tão fria quanto você, barreiras estão nos separando novamente, e eu não posso contra todos eles sozinha, desistindo, vou para um lugar qualquer fora daqui, eu acredito que o verdadeiro amor vive através da morte, não importa o que digam a você, você não está sozinho, eu estarei ao seu lado para todo o sempre, eu quero descansar em paz dessa vez, eu quero me deitar em um chão frio e esquecer as feridas que rasgam meu coração, eu quero esquecer de como é amar você, e mais uma vez eu estou de luto por mim mesma.

domingo, 17 de outubro de 2010

Comelly gostava das rosas,

ㅤㅤㅤdizia que elas eram a forma mais doce e mais gentil de se jurar amor eterno...
(o brilho das estrelas)

o seu amor

me mostrou qual caminho seguir, me deu forças para caminhar, simplesmente me fez enxergar algo que, antes eu jamais conseguiria, podem parece palavras jogadas ao vento, ou até mesmo algo inútil e inacabado, mas para quem sabe onde olhar, todas as palavras do mundo nos levam a algum lugar. Tudo o que eu faço, tudo o que eu sinto, se resume á você, é algo simples mas ao mesmo tempo complicado de se falar, acho que é pelo fato de não encontrar palavras, frases, ou versos que expressem tal sentimento, mas você me faz feliz, é como se você fosse o ar que eu respiro, ás vezes não vejo, mas sempre posso sentir, está sempre ali comigo, não importa o que aconteça, e de certa forma eu também estou sempre contigo, estou em tudo o que você faz, em tudo o que você vê, se você simplesmente souber onde olhar, e se a escuridão chegar eu vou guiar os teus passos, pois o brilho do teu olhar ilumina o meu caminho, pois você é o único motivo pelo qual vale a pena viver, e eu nunca precisei do amor de ninguém, como eu preciso do seu.